O TDAH pelo olhar da Psicomotricidade

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O comportamento de crianças muito ativas vem se tornando uma queixa cada vez mais frequente entre mães, professores e até mesmo nas salas de espera dos consultórios pediátricos. Relatos como: “Ele(a) não para quieto um minuto!”, “Ele(a) não presta atenção em nada!”, “Ele(a) é terrível!” são vistos como normais, porém quando esse comportamento se repete a todo momento, precisamos entender o que essa criança quer expressar.

Desatenção, dificuldade em se concentrar ou finalizar tarefas, agitação motora excessiva, impulsividade e falta de controle das emoções, são sinais de alerta. Nesse caso, uma orientação adequada sobre esses comportamentos, como identificá-los e como tratá-los, vai possibilitar a superação das dificuldades encontradas pela criança.

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.

Sem diagnóstico e intervenção, essas crianças são rotuladas como mal educadas, preguiçosas, desorganizadas ou até mesmo irresponsáveis. Muitas vezes são repreendidas, além de terem outros problemas associados, que vão dificultar seu desenvolvimento e trazer prejuízos em seu “rendimento” escolar e na aquisição da aprendizagem, afetando a escrita, leitura, matemática e comunicação interpessoal.

Mas como a Psicomotricidade pode ajudar crianças com TDAH?

Geralmente a criança com este diagnóstico, apresenta transtornos de: Equilíbrio, Noção espaço-temporal e Esquema corporal. E é aí que a Psicomotricidade aparece! Além de ser essencial no tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento, como o TDAH, vai favorecer o desenvolvimento cognitivo, afetivo-social e psicomotor, dando condições para a criança experimentar os movimentos através do seu próprio corpo, e vivenciar diferentes sensações e situações, que vão permitir que ela conheça o mundo, se expresse, se comunique, crie e se organize. Evoluindo o prazer de agir, pelo prazer de observar, pensar e fazer.

A terapia psicomotora vai promover uma série de atividades com foco na regulação, ativação e inibição dos estados mentais, persistência tônica, manutenção da atenção, freio inibitório, planejamento motor, flexibilidade mental, resolução de problemas, entre outras funções, para que a criança supere seus bloqueios e desenvolva suas habilidades.

Quer saber mais como a psicomotricidade pode ajudar seu filho a se sentir cada vez mais capaz, seguro de si, independente e feliz? Agende uma avaliação e garanta um diagnóstico preciso.

Aghata Forte – Psicomotricista CBO – 2239-15

Referências bibliográficas:

  • BETTELHEM, B. Uma Vida Para Seu Filho. 25ª Ed. Rio de Janeiro. Campos, 1988.
  • FONSECA, V. Psicomotricidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
  • LE BOULCH, Jean. Educação psicomotora: psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
  • NETO, Francisco Rosa. Manual de Avaliação Psicomotora. Porto Alegre: Artmed, 2002.
  • REGO, T.C. Vygotsky: Uma Perspectiva Histórico-Cultural da Educação. 6ª Ed. Petrópolis, Vozes, 1998.
  • WWW.tdah.org.br – visitado em 31/07/2023.